Irrigação Automatizada: Unindo Tecnologia e Agricultura Sustentável

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A Feira de Ciências 2025 do CETEP Jonival Lucas, visa valorizar o patrimônio de Sapeaçu e suas ações ambientais para promover o engajamento e o desenvolvimento sustentável por meio do Ecomuseu. Dessa forma, coube a turma do 2º ano de informática o desafio de buscar, através da pesquisa, soluções para um problema real que aflige os produtores agrícolas, já que esses são responsáveis pela maior atividade econômica da cidade.

Cuidar de uma horta sempre foi visto como algo que exige tempo, atenção, mas, com a correria do dia a dia, nem sempre dá para regar na hora certa, medir a quantidade de luz ou controlar os nutrientes. Na região nordeste brasileira especificamente, a água escassa faz com que os agricultores tenham prejuízos e busquem outras maneiras de sobrevivência.

Baseando-se nisso, desenvolvemos um projeto para criação de um sistema automatizado com baixo custo para auxiliar no plantio, em que um dispositivo monitora a umidade do solo, a temperatura e a chuva, diminuindo o gasto excessivo de água e de energia.

O projeto da horta automatizada foi pensado com base em princípios de planejamento participativo, tecnologia aplicada e valorização do saber comunitário. O desenvolvimento do projeto foi feito em várias etapas; de início foi feito um levantamento sobre as dificuldades dos agricultores, no que diz respeito à irrigação, para isso, pesquisas bibliográficas, aulas e exibição de vídeos foram realizadas para aprofundamento do tema.

Em seguida foi feita a montagem do circuito eletrônico composto por 01 Placa Arduino, Protoboard, Resistor 220R, Display LCD, Potenciômetro, Módulo relé, Válvula solenóide para água, Fonte 12V, Engate, Mangueira para jardim, 01 sensor de umidade do solo, 01 sensor de temperatura ambiente e umidade do ar. Também foi realizada a programação, na linguagem nativa do Arduino. O sistema automático realiza constantes verificações nas leituras dos sensores, a fim de confirmar que todos os parâmetros (baixa umidade do solo e não ocorrência de chuva) necessários para iniciar a irrigação tenham sido estabelecidos.

Depois do desenvolvimento do sistema foi criado um pequeno protótipo em forma de maquete para o projeto, onde foi monitorado o comportamento dos sensores e demais dispositivos, como também o acompanhamento do crescimento das plantas e a análise da eficiência do consumo hídrico.

Esta metodologia incorporou fundamentos do ecomuseu, que valoriza a comunidade, o patrimônio e o território, promovendo educação ambiental e cultural, rodas de conversa e redes de parceria. Assim, a horta automatizada não é apenas um recurso tecnológico, mas também uma ferramenta de desenvolvimento local sustentável, integrando ciência, cultura e saberes populares.

Ao fim de tudo, os resultados do presente trabalho foram apresentados para a comunidade escolar através de apresentações orais.

A irrigação é uma técnica que garante aos produtores uma safra uniforme independente da ocorrência de chuvas ou não, possibilitando o fornecimento de água para plantas na quantidade ideal de forma que estas possam se desenvolver de forma adequada. “O preparo da terra, os investimentos em máquinas, as sementes, herbicidas, inseticidas, adubos são todos muito caros para que o agricultor se arrisque a perder sua produção por falta de chuvas”. (CARVALHO; ARAUJO, 2010, p. 4)

Para Durson e Ozden (2011, p. 10), a demanda altamente crescente de água doce requer o uso de tecnologia de automação e seus instrumentos para gerar eficiência na utilização dos recursos hídricos. Para o sucesso de um projeto de irrigação automatizada é necessária uma análise do tipo de solo, disponibilidade de água e tipo do cultivo onde será implementada a irrigação. Isto porque a quantidade de água adequada para o melhor desenvolvimento de uma planta varia de planta para planta (PRÁ, 2009, p. 27

Uma horta automatizada é a união entre tecnologia e natureza, trazendo praticidade e sustentabilidade para o dia a dia. Utilizando sensores inteligentes, o sistema controla automaticamente a irrigação, mantendo o solo na umidade ideal e evitando desperdícios de água, um recurso precioso, especialmente em práticas agrícolas.

Em Sapeaçu, município com forte tradição na agricultura, esse projeto será desenvolvido em uma escola pública com o objetivo de aproximar os alunos da realidade agrícola local, promovendo educação ambiental, consciência ecológica e inovação tecnológica.

A implantação de uma horta automatizada representa um avanço significativo na integração entre agricultura e tecnologia, permitindo maior eficiência no uso de recursos, sustentabilidade e facilidade de manejo.

Conclui-se, portanto, que este projeto propiciou aos alunos meios para identificar possíveis resoluções de problemas reais no âmbito da agricultura, além de desenvolver o conhecimento de várias ferramentas tecnológicas e estimular as pessoas que queiram iniciar a prática na lógica de automação, principalmente para os jovens.

É interessante, para um trabalho futuro, um estudo mais aprofundando sobre os solos e plantas, pois nem todas as plantas exigem o mesmo nível de umidade no solo.

Entre os principais pontos positivos, destacam-se: sustentabilidade, pois a esse projeto de irrigação automatizada pode ser agregadas técnicas de reaproveitamento da água da chuva e o uso da energia solar para o uso racional de água e energia.

No entanto, alguns cuidados e desafios devem ser considerados: custo inicial de implementação, que pode ser elevado, manutenção e atualizações tecnológicas, exigindo acompanhamento periódico, que pode limitar o funcionamento em ambientes com infraestrutura precária.

Assim, a horta automatizada se apresenta como uma solução inovadora e promissora, especialmente para a agricultura familiar em contextos urbanos e rurais. Com planejamento adequado e manutenção contínua, torna-se uma alternativa prática para promover autonomia alimentar, educação ambiental e sustentabilidade.